Referência Produtos de Madeira

Segmento de portas avalia o mercado após atualização do código de práticas da CEF

Há um ano, a instituição financeira passou a orientar que os sistemas e materiais empregados às obras atendessem às normas técnicas vigentes

       Em 2021, a Caixa Econômica Federal alterou seu Código de Práticas de Engenharia para Habitação e determinou o atendimento às normas técnicas aplicáveis a todos os sistemas e materiais empregados no empreendimento. A mudança representou um avanço significativo, pois todos os materiais e produtos usados nas obras financiadas pelo banco passaram a ter que comprovar o atendimento as normas técnicas vigentes no Brasil. O Código aplica-se para operações de Pessoa Jurídica com recursos do FGTS.

       As portas de madeira fazem parte deste novo enquadramento e atendem por meio da norma técnica ABNT NBR 15930 – Portas de madeira para edificações às construtoras que contam com financiamento da instituição financeira.

Para a Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente), entidade que coordena o PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas de Madeira para Edificações), essa exigência auxiliou a posicionar o segmento em relação a qualidade dos produtos entregues nas obras habitacionais. “A inclusão da exigência no documento da Caixa Econômica Federal reflete a realidade do mercado, que cada vez mais tem exigido produtos tecnicamente adequados para os empreendimentos. Os fabricantes de portas que fazem parte do PSQ-PME atendem à norma técnica e possuem a certificação emitida pela ABNT, OCP (Organismo de Certificação de Produto) acreditado pelo INMETRO, uma das exigências da Caixa”, destaca o superintendente da Abimci, Paulo Pupo.

O diretor-presidente da Manoel Marchetti, empresa fabricante das Portas Álamo, Fábio Ayres Marchetti, comenta as mudanças no mercado desde a publicação. “Observo que as construtoras estão cada vez mais ávidas por produtos homologados e com desempenho assegurado”.

      As empresas também têm percebido que a atualização do Código de Práticas fez com que a procura das construtoras pelos fabricantes que têm seus produtos certificados aumentasse. “Isso nos trouxe vantagens frente aos demais produtos não certificados oferecidos ao mercado. A exigência por parte da Caixa Econômica também é fator positivo para as empresas que se preocupam com a qualidade técnica prevista em norma técnica, o que também ajuda a valorizar o produto”, avalia Guilherme Ranssolin, diretor corporativo da Randa.

       A coordenadora de qualidade da Pormade, Miriam Gotz Mayer, corrobora. “A mudança no Código de Práticas da CEF trouxe uma evolução para o processo construtivo, agregando a qualidade das portas, combatendo a não conformidade do produto”. Além disto, segundo Juliana Frasson, da gestão da qualidade da STM Portas, a atualização do documento também trouxe mudanças comerciais e técnicas para o segmento de portas de madeira. “Com a mudança foi possível tornar a concorrência entre os fabricantes de portas mais justa. Era muito comum ela ocorrer entre produtos com diferentes características e desempenho. A norma “filtrou” os produtos. Assim, as construtoras têm a garantia de um produto de qualidade”.

      O papel dos órgãos financiadores é destacado pelo diretor da Rocha Porta Pronta, Wellington Rocha. “O maior consumidor do Brasil de forma indireta são os programas do governo, como Programa Casa Verde e Amarela. Compreendo que é uma obrigação dos agentes financiadores, que sabem que obras sem qualidade, trarão problemas no futuro e grandes prejuízos, serem os primeiros a exigir produtos certificados e que atendem às exigências de desempenho da construção civil”.

Fonte: Revista Portas de Madeira

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