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Vendas pelo e-commerce registram primeira queda no tráfego em 2024

No cenário dinâmico do comércio eletrônico, a queda no tráfego online sofreu uma significativa diminuição nas vendas em fevereiro de 2024, marcando um ponto de inflexão no ano. Segundo dados revelados pelo relatório da Conversion em março, houve uma redução de 12,3% no tráfego em comparação com o mês anterior, totalizando 2,34 bilhões de visitas únicas. Esta queda também representa um declínio de 1,2% em relação a fevereiro de 2023. Além disso, somando acessos de sites e aplicativos de e-commerce, registrou-se um total de 30,5 bilhões de acessos no Brasil nos últimos 12 meses.

Essa mudança no cenário destaca a importância de analisar esses dados para orientar estratégias futuras no e-commerce brasileiro, especialmente no setor de móveis. Ao interpretar essas informações corretamente, as empresas podem ajustar suas estratégias de marketing, aprimorar a experiência do usuário, diversificar canais de vendas e otimizar seus mix de produtos. Continue lendo esta matéria na plataforma Setor Moveleiro para descobrir como implementar essas medidas de forma eficaz para impulsionar o sucesso do seu negócio online.

O estudo da Conversion analisou o tráfego dos 2000 maiores sites brasileiros em 18 categorias distintas, incluindo o setor Casa & Móveis. No universo do e-commerce, o setor Casa & Móveis conta com 237 sites de construção, materiais para casa e móveis, dos quais 21 possuem aplicativos. Esses sites representam 7,4% do tráfego total, somando 5,5 milhões de acessos mensais.

Fatores contribuintes para queda no tráfego no e-commerce

Diversos fatores contribuíram para a queda observada no relatório. Setores que vinham apresentando resultados positivos desde novembro do ano anterior, experimentaram uma significativa retração em fevereiro. O setor de turismo, por exemplo, registrou uma queda de 26% no tráfego em relação ao mês anterior. Além disso, plataformas de produtos infantis e de eletroeletrônicos também apresentaram quedas expressivas, contribuindo para o resultado geral.

Marketplaces e marcas também são impactados

O principal setor do e-commerce brasileiro, os marketplaces, registrou uma redução de 11,7% no tráfego em fevereiro. Isso se traduziu em 1,04 bilhão de visitas únicas, representando o pior desempenho desde setembro de 2023. Individualmente, grandes marcas como Mercado Livre, Amazon Brasil e Shopee também experimentaram quedas significativas em seus números de acessos. A Magalu perdeu quase um quarto do tamanho (-20,1%) em comparação ao primeiro mês do ano.

Tráfego no setor Casa & Móveis nos últimos 12 meses 

No quadro acima, o uso dos apps para a categoria Casa & Móveis tiveram queda de -8,5%. Enquanto a audiência de site somado aos aplicativos apresentou queda de -13,4% em relação ao mês anterior. 

Apesar da queda observada em fevereiro, as perspectivas para os próximos meses são otimistas, com eventos como o Mês do Consumidor, o Dia das Mães e a Semana do Consumidor, que é considerada a “Black Friday do primeiro semestre”. Esses eventos importantes são esperados para impulsionar os números nos próximos relatórios, orientando estratégias e ajudando o varejo a capitalizar as oportunidades futuras.

A importância do tráfego, experiência do usuário e estratégias de marca

A audiência de um e-commerce é composta por diversos canais de tráfego que direcionam visitantes para o site. O tráfego direto é uma das principais formas de entrada, ocorrendo quando o consumidor digita o endereço da loja diretamente no navegador. Em seguida, o tráfego de busca orgânica (26%) e o tráfego de busca paga (17,5%) ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente. As buscas assumem o papel de protagonistas no e-commerce, pois revelam a intenção do consumidor e direcionam a demanda para as lojas virtuais. Além disso, nos próprios sites, a funcionalidade de busca é fundamental.

O mais importante, no entanto, é proporcionar uma excelente experiência ao usuário, incentivando-o a passar mais tempo navegando no site e aumentando a probabilidade de retorno. Essa abordagem reflete o princípio do SEO Experience, que representa a nova geração de otimização de sites.

Além do tráfego e da experiência positiva, é essencial contar com um mix de produtos robusto dentro do nicho de atuação, uma precificação competitiva, um sistema de frete rápido e ser reconhecido como uma marca amada pelos consumidores. Embora desafiador, essa combinação de elementos é fundamental para o sucesso no e-commerce.

Análise Setorial e Oportunidades de Inovação

Embora a pesquisa não tenha sido específica para o setor de móveis, é essencial que as empresas deste setor interpretem os resultados como uma oportunidade para se adaptar e inovar. Aqui estão algumas estratégias que o setor de móveis pode considerar para enfrentar os desafios:

  • Experiência do cliente aprimorada: investir na experiência do cliente pode ser um diferencial. Isso inclui desde aprimorar a navegação no site até oferecer ferramentas de visualização de produtos em ambientes virtuais para permitir que os clientes vejam como os móveis ficariam em seus espaços.
  • Personalização e customização: os consumidores estão cada vez mais interessados em produtos personalizados. As empresas de móveis podem explorar essa tendência oferecendo opções de personalização, seja na escolha de materiais, acabamentos e designs exclusivos.
  • Parcerias estratégicas: colaborações com influenciadores, designers de interiores ou outras marcas complementares podem ajudar as empresas de móveis a expandir seu alcance e atrair novos públicos.
  • Sustentabilidade e responsabilidade social: a conscientização ambiental está em ascensão. Empresas que adotam práticas sustentáveis na fabricação de móveis e se envolvem em iniciativas sociais podem atrair consumidores preocupados com essas questões.
  • Omnicanalidade Integrada: integrar efetivamente os canais online e offline pode melhorar a experiência do cliente e criar uma jornada de compra mais fluida. Isso pode incluir desde a possibilidade de compra online e retirada na loja até a oferta de experiências exclusivas em lojas físicas.
  • Utilização de tecnologia emergente: tecnologias como realidade aumentada (AR) e virtual (VR) podem transformar a maneira como os consumidores interagem com os produtos. As empresas de móveis podem explorar essas tecnologias para oferecer experiências imersivas aos clientes.

Portanto, embora a queda no tráfego do e-commerce represente um desafio, também abre oportunidades para o setor de móveis se reinventar e prosperar. Ao adotar estratégias inovadoras e focar na experiência do cliente, as empresas de móveis podem se destacar em um mercado altamente competitivo.

Fonte: Setor Moveleiro. https://setormoveleiro.com.br/queda-no-trafego-do-e-commerce/

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