Vendas no varejo de móveis e eletrodomésticos recuam mais uma vez, mas receita nominal da atividade cresce em relação a 2021
O varejo de móveis e eletrodomésticos apresentou recuo de 6,7% no acumulado do ano de 2022, após ter recuado 7% frente a 2020. Em dezembro, as vendas de móveis e eletrodomésticos diminuíram 1,6% em relação a novembro.
Em relação a dezembro de 2021, o varejo de móveis e eletrodomésticos teve alta de 0,3%. Foi o segundo mês no campo positivo após sete meses de quedas.
Considerando apenas as vendas no varejo de móveis, a queda no acumulado do ano é ainda maior: -11,1%. Os últimos três meses do ano foram de consideráveis reduções em relação ao mesmo mês do ano anterior. Eletrodomésticos, por sua vez, apresentaram altas nesse comparativo, mas ainda assim terminou o ano com redução de 5,1%.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE. Os dados de volume de vendas não mostram o segmento de móveis separado de eletrodomésticos na comparação com o mês anterior.
Atividades no Volume de vendas no varejo
MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
OUT NOV DEZ OUT NOV DEZ NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA 0,1 -0,9 -2,6 2,7 1,4 0,4 1,0 1,0
4 – Móveis e eletrodomésticos 2,5 1,9 -1,6 -0,8 2,6 0,3 -6,7 -6,7
4.1 – Móveis – – – -15,9 -9,2 -9,9 -11,1 -11,1
4.2 – Eletrodomésticos – – – 6,7 7,8 5,4 -5,1 -5,1
Receita nominal do varejo de móveis
Na receita nominal de vendas do comércio varejista e comércio varejista ampliado, o varejo de móveis e eletrodomésticos cresceu 3,9% no acumulado do ano. Em relação a novembro, houve queda de 1,6% na receita nominal, enquanto em relação a dezembro de 2021, houve alta de 5,9%.
Considerando apenas mobiliário, o acumulado da receita nominal de vendas no varejo de móveis foi de 2,4% em 2022. No mês de dezembro de 2022 x dezembro de 2021, registrou-se variação positiva de 2%.
Varejo geral
As vendas no comércio varejista no país recuaram 2,6% na passagem de novembro para dezembro. É a segunda queda consecutiva, que em novembro havia recuado 0,9%. Na comparação com dezembro de 2021, o setor variou 0,4%.
A queda de 2,6% em dezembro frente ao mês anterior foi a segunda consecutiva e a de maior amplitude no ano. Esse resultado foi impactado pelos setores de Hiper e supermercados, produtos alimentícios e bebidas e Outros artigos de uso pessoal e doméstico.
O varejo encerrou 2022 no campo positivo, acumulando 1%, o menor crescimento desde 2016 (-6,2%). Esse crescimento de 1% do comércio varejista foi o menor da série positiva iniciada em 2017, incluindo todo o período da pandemia de Covid-19 a partir de 2020.
– Yes Móvel Show em Goiânia
“Esse resultado acumulado no ano está muito próximo ao dos anos anteriores. Em 2021, por exemplo, houve ganho acumulado de 1,4%. Então, em 2022, há um crescimento similar, mas ainda mais tímido. Além disso, é muito concentrado, em termos de variação, no setor de combustíveis e lubrificantes, que acumulou alta de 16,6% no ano, uma distância grande para o acumulado dessa atividade em 2021 (0,3%)”, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
“Com essas mudanças, essa atividade teve aumento significativo e, após aquele momento, teve quedas grandes. Em novembro, houve uma perda de 5,4% e o resultado de dezembro intensificou ainda mais essa trajetória. Mesmo assim, o acumulado do ano para esse setor foi o maior da série histórica”, avalia Cristiano.
Fonte: Emóbile