Falta de confiança na economia atinge setor de móveis em janeiro, alta de juros volta a ser o principal problema

Mais da metade dos setores da indústria passou a demonstrar falta de confiança na economia em janeiro de 2023.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial por setor, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 19 dos 29 setores consultados ficaram com o indicador abaixo dos 50 pontos, linha de corte que separa confiança da desconfiança.

Um deles é o setor de móveis, que expressou uma queda de 50,7 pontos para 46,5 pontos, ficando abaixo da linha de 50 pontos, indicando, portanto, falta de confiança entre os empresários do setor.

De acordo com a economista da CNI Larissa Nocko, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, nove setores fizeram a transição de um estado de confiança para um de falta de confiança. No entanto, na comparação entre um mês e outro, o índice de confiança caiu em 26 dos 29 setores analisados, em todas as regiões do Brasil e em todos os portes de empresas industriais (pequenas, médias e grandes empresas).

“Desde outubro de 2022 o índice de confiança dos diferentes setores industriais vem apresentando quedas sucessivas, antecipando a perda de ritmo da atividade econômica que agora nós vemos se concretizar em outros indicadores relativos ao fim de 2022. O empresário industrial está mais cauteloso e isso é transversal entre os setores industriais”, diz a economista.

Alta carga tributária lidera ranking de problemas elencados por empresários

A falta ou alto custo de matérias-primas deixou de ocupar a primeira posição após os empresários industriais seguirem com o ritmo de assinalações em queda pelo sétimo trimestre consecutivo, atingindo o menor patamar desde o terceiro trimestre de 2020. Dessa forma, a elevada carga tributária voltou ao primeiro lugar no ranking dos principais problemas elencados por empresários do setor industrial brasileiro, tendo sido assinalado por 32,1% dos empresários industriais, o que representa, contudo,  uma redução de 0,7 p.p. em relação ao trimestre anterior.

Além dos dois problemas, destaca-se na pesquisa como terceiro principal problema a demanda interna insuficiente, que registrou aumento expressivo nas assinalações no último trimestre, aproximando-se dos percentuais pré-pandemia.

Fonte: Abimóvel

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