PROMOVER A MADEIRA DE MANEJO SUSTENTÁVEL E DESBUROCRATIZAR PROCESSOS É O FOCO DE ENTIDADE NACIONAL
A informação é a chave para a mudança. A maioria da população ainda acredita que cortar uma árvore faz mal para a floresta, mesmo que as práticas de manejo sustentável sejam utilizadas há mais de meio século. Criado em 1999, o FNBF (Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal), trabalha com o objetivo de desmistificar o trabalho do madeireiro no Brasil e na conscientização sobre o uso sustentável da madeira, com informações e transparência sobre as atividades florestais. O FNBF tem como principal objetivo defender e representar todo o setor relacionado à atividade florestal, principalmente de manejo florestal sustentável, perante o governo federal, entidades e sociedade de uma forma geral buscando sempre o devido reconhecimento e desenvolvimento do setor. Frank Rogieri, presidente do NBF, explica de maneira sucinta, que o trabalho do fórum é junto aos agentes públicos no desembaraço de burocracias que envolvem o trabalho florestal e demais esclarecimentos das situações
do segmento, melhorando a legislação vigente, as normativas atuais, para fazer o setor crescer com sustentabilidade e um futuro claro à frente. “Hoje temos questões de insegurança jurídica muito fortes, que impedem o aporte de
investimentos e, consequentemente, a continuidade do trabalho de quem já está no mercado e de quem gostaria de
fazer parte da indústria”, alerta Frank. Ele cita um exemplo sobre exportações, que muitas vezes, containers de madeira ficam meses parados nos portos por burocracias que poderiam ser evitadas, atrapalhando, assim, o crescimento do setor. “Essa postura, do governo, faz com que o mercado perca em competitividade no âmbito mundial, desestimula o produtor nacional e, com isso, compromete toda a cadeia produtiva da madeira”, compara Frank em detrimento a outros produtos de exportação nacional que têm muito menos entraves em seus processos. O presidente do FNBF revela que o maior inimigo do trabalho realizado pelo fórum é a desinformação. Nas palavras de Frank, é um inimigo desleal, invisível, muito forte e que se dissemina muito rápido. “A maior parte da população não sabe o que é o manejo sustentável, nem sabe sobre o desmatamento e destruição da floresta, que é exatamente o contrário do que defendemos. Queremos a floresta em pé viva, renovada e em sua plenitude”, explica Frank.
Uma das informações mais importantes que Frank apresenta está nos números sobre a madeira nativa e o
que o manejo sustentável representa para a cadeia produtiva nacional com previsões de crescimento contínuo
para os próximos anos. “Apenas no Mato Grosso são 4 milhões de hectares de áreas privadas, as concessões florestais estão abrindo portas para que se atinjam mais 4 milhões até o final de 2024”, sublinha Frank. O presidente
foca no fator econômico do manejo, que além de proteger a floresta, gera empregos, renda e arrecadação de impostos da Amazônia brasileira. “O Brasil produz 10% da madeira do mundo, no mercado de exportação temos apenas 3%, então podemos crescer muito mais em madeira sustentável”, vislumbra Frank. Além disso, o presidente do FNBF considera que a maior conquista da entidade é a divulgação de informação e a quebra do preconceito que a maioria da população tem com o madeireiro. Hoje o FNBF está presente em vários segmentos da sociedade civil organizada, como Fundo da Amazônia, e temos conquistado cada dia mais espaço na defesa do trabalho sério que é feito na floresta. “Recentemente, junto a influenciadores como Richard Rasmussen, fizemos um trabalho que rodou o mundo mostrando a importância do manejo sustentável, os benefícios para a população e a preservação da floresta”, orgulha-se Frank. Para os próximos anos o trabalho do FNBF continuará forte e cada vez mais imersivo para conscientizar a população e os profissionais envolvidos na cadeia da madeira. Um dos planos de Frank é levar para a floresta Amazônica todos os atores que englobam o setor de base florestal, como arquitetos, designers, engenheiros e lojistas que queiram conhecer o manejo na prática. “Queremos que todos estejam, bem informados e saibam que a exploração sustentável é a maior ferramenta de p